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A mostrar mensagens de agosto 28, 2016

TRATADO DO CANTE - Almanaque:

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NINHA MÃE AMASSA O PÃO "(...) Minha mãe amassa a Nona Mais a Quinta Sinfonia – Beethoven nessa semana, Vamos ter em cada dia. Minha mãe amassa a cal, Que é alva como a farinha – Cal dos montes, afinal, Onde a brancura é rainha. Minha mãe amassa a lã De imaginário rebanho – Come-se o pão de manhã: Pão fofo, sabor estranho... (...)" de António Simões

TRATADO DO CANTE - Almanaque:

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Solidão, ai dão, ai dão «A verdadeira dialéctica não é um monólogo do pensador solitário consigo próprio, mas um diálogo entre o eu e o tu» - escreveu o filósofo alemão Ludwig Feuerbach, aluno de Hegel em Berlim, que viu a sua carreira interrompida em virtude da hostilidade às ideias religiosas expostas num dos seus primeiros trabalhos. O grande pensador morreria na miséria em Rechemberg. Solitário! Em monólogo consigo próprio. Leio Feuerbach, e sinto que na paisagem alentejana também Feuerbach foi traído, no monólogo surdo travado pelo cavador; socialmente segregado, isolado entre a terra e a enxada, entre o suor e o arado. Vivo Feuerbach no emigrante forçado, roído de saudades. E escuto Ludwig Feuerbach na «moda» pungente que a planície sorve em entardeceres sanguinolentos; Oh, que dor do coração/ Solidão, ai dão, ai dão/ Meu Alentejo deserto/ Quem não há-de ter paixão!..." in: "Alentejo Marginal", de Manuel Geraldo. Edições Caso.