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A mostrar mensagens de maio 8, 2016

TRATADO DO CANTE - Escrito:

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“(…) O Alentejano sabe pôr uma nota encantadora e eternecida de arte e beleza, que me parece inata na alma ingénua e simples do nosso povo. E é essa mesma arte que nasce expontânea das fontes mais puras do sentimento popular, que dá um sopro de vida a essas canções do Baixo Alentejo, tão impregnadas de tristeza e harmonia, de austeridade e de grandêsa e que reflectindo muito embora a melancolia e magnitude das planícies do sul, vêm até nós coadas pelos véus dos séculos, das profundezas atávicas da raça. (…)” In: “ Palestra sobre o Alentejo ”, proferida na Casa do Alentejo em 21 de Dezembro de 1944, por José Custódio Nunes. Edição da Casa do Alentejo. 1944.Pág. 11.

TRATADO DO CANTE - Escrito:

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“A manhã vem vindo António Luís tinha muito amor ao canto. Dentro do Baixo Alentejo foi o homem que melhor cantou, desde a moda difícil «Ribeira do Sol Posto» até à muito difícil «Deus-Menino». Mais nenhum. João Fitas, também da vila de Cuba, foi no seu tempo quem mais brilhou. Ele diz, algumas vezes, que o canto alentejano se vai perder. Tenho na minha que não tem razão. Manuel de Castro, João Contrabandista, Chico Lapita, os Viegas, e tantos outros, sempre cantaram, em grupos, com nome prantado ou não, em todos os tempos, no Alentejo. Camponeses, trabalhadores rurais e mineiros daqui ninguém os arredou. Nos mastros de S. João, nas «vendas», no trabalho, na ida das mulheres, de madrugada para a apanha do chícharo e do grão, deram à mão-cheia, em poesia e música, nas modas, o conhecimento do Alentejo. Os mineiros de S. Domingos, desde as greves do tempo do Tio Valentim, passando pela ofensiva da política fascista em 1949-50, com a grande leva de prisões, no concelho de Mértola

TRATADO DO CANTE - Congresso do Cante Alentejano (1997):

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Perguntas e respostas: "(...) Francisco Caipirra Gostei muito da intervenção do Dr. Francisco Torrão, acho que continua a haver uma preocupação enorme em estarmos a justificar o passado, penso que temos uma ideia errada de preservar, penso que o Dr. se equivocou um pouco porque na ponta final disse preservar é cantar todos os dias. Eu folgo por me ter citado, porque realmente fui eu que disse que temos que tirar o cante da pré-história e colocá-lo na história, precisamente porque eu acho que preservar tem a ver com  o enquadrarmo-nos nos tempos que correm, cantarmos o Alentejo de hoje, com poesia actual, hoje o Alentejo já não é uma pátria agrícola já não há ceifeiras nem mondadeiras, como eu vou dizer daqui a pouco, as nossas mondadeiras, hoje, não têm as saias até aos tornozelos mas vestem-se com uma mini-saia atrevida. Francisco Torrão Só gostaria de dizer o seguinte: de facto essa afirmação foi do Francisco Caipirra, meu particular amigo, tem feito um trabalho ind

TRATADO DO CANTE - Escrito:

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ALENTEJANO Igual às oliveiras resistes aos sóis de inferno. Caminhas sem vergonha na tua terra. É tão custoso  acariciá-la com brisas de esperança, as mãos doridas de tanto amor. Alentejano, a tua gota de suor ensina-me a respirar. Não é fácil erguer um palácio de palavras e sedes. Não é fácil viver de pé a cantar. in: "O Sabor da Cal", de Luís Filipe Maçarico. Edição da Câmara Municipal de Beja. 1997. pág. 32. Nota: o destaque é da minha responsabilidade.

TRATADO DO CANTE - Escrito:

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"SABORES E CANTARES «Para mim, para sempre, ficam ligados os cantares e os comeres alentejanos.» Matilde Guimarães, 1944 . DURANTE SÉCULOS, como o faz notar Monarca Pinheiro (1999), o alentejano viveu de «frustração sublimada em invenção. Com as migalhas que lhe couberam, soube inventar uma cultura de eleição, e esta é, talvez, a sua maior glória. Do pouco fez muito e bem». E entre esse muito e bem, nascido da alma deste povo, salienta-se a sua capacidade inventiva nos cozinhados, a que o autor se refere como «arte dos comeres», a par da «arte de musicar», internacionalmente reconhecida, em especial, através dos seus cantares. . Parafraseando Mário Rodrigues Correia, Director do Centro de Formação Profissional do Sector Alimentar, na apresentação de “A Cultura Gastronómica em Portugal – Alentejo” (1995), a cozinha alentejana, como cozinha tradicional que é, afigura-se como uma «serenata de aromas e sabores do passado que se prolonga pelo presente e que,

TRATADO DO CANTE - Almanaque:

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MINHA MÃE AMASSA O PÃO "(...) Minha mãe amassa o circo Quando ele está na aldeia – São só fatias de riso Esse pão da nossa ceia. Minha mãe amassa o circo Com seus bichos e palhaços – Ainda hoje me divirto Na arena dos seus braços. Minha mãe amassa, linda, Como todas as mães são – Quase um velho, amassa ainda Dentro do meu coração. (...)" de António Simões

TRATADO DO CANTE - Registos fonográficos:

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        Cota FaiAlentejo: FF CA K7- 0418 S/D (K7): “Meu Alentejo que encanto – O Emigrante”                - Edição: Hiper Música                - Letras de Chico Bento.                - Música de João Moura do Carmo.                                       - Temas:                                       (a) Meu Alentejo, meu encanto; Aquela mulher (na praia); Cigana adorada; Hino dos pescadores.                                       (b) Cegonha branca mensageira; Em troca da tua mão; Aquela mulher na praia (instrumental); O emigrante.                Grupo Sol do Torrão, Alcácer do Sal.

TRATADO DO CANTE - À minha Moda:

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VAI AO JARDIM DAS FLORES  (Lavoura) Ponto:  Ai, tu é que és o meu rapaz/ Quando é que lá vais / Quando é que lá vais                                                       Alto /coro:     Vai / ao jardim das flores/  Ó meu lindo amor/ Lá me encontrarás Ponto:           Ai, se lá fores e não me encontrares/  Torna a voltar/  Torna a voltar Alto /coro:      Per /gunta a quem tenha amores/   Ó meu lindo amor/  A quem saiba amar. Alto /coro:     Per /gunta a quem tenha amores/  Ó meu lindo amor/   A quem saiba amar. in: Cassete do Grupo Coral da SFRA da Amadora. 1989. Cota FaiAlentejo FF CA K7 0001

TRATADO DO CANTE - Registos fonográficos:

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Cota FaiAlentejo: FF CA K7- 0417 1988 (K7): “Ceifeiros de Bencatel”. - Edição:   DUALSOM                                   - Temas: (a)  Morena do Alentejo; Saias de quatro; Desgarradas da aldeia; A saia da Ti Anica; Ceifeira; Milho rei; Vira e bate o pé . (b)  Riqueza dos campos; Sou de Bencatel; Vira dos passarinhos; Ó meu Alentejo; Saias batidas; Vira da Faia; Moda do abraço. Rancho Folclórico Ceifeiros de Bencatel, Vila Viçosa.