“PRECE (…) A terra dói-se. E tu canta, companheiro, a tua estrofe rebelde à nascença de um rio! Não violes as gruas do silêncio, implantadas ao rés das choupanas dos zagais. Acende a tua voz de profeta, ergue novamente a tua mão, cheira, ao longe, o vulto das papoilas, mas canta. Estás no teu país Alentejano, e a tua voz é esforço, é esperança, é sangue, é poesia!” In: “Alentejo é sangue”, 2ª. edição revista e aumentada, de Antunes da Silva. Capa de Luiz Duran. Livros Unibolso. Pág.s: 173/174. Antunes da Silva Armando Antunes da Silva nasceu no dia 31 de julho de 1921 em Évora e faleceu em 1997 na mesma cidade. Frequentou a Escola Comercial de Évora, abandonando os estudos aos treze anos para trabalhar num escritório. Em 1948, fixa-se em Lisboa onde, a por do trabalho na secção de publicidade e de relações públicas numa empresa industrial, se dedica à escrita. Colaborou em várias publicações, destacando-se a revista Vértice , o...