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A mostrar mensagens de dezembro 8, 2013
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TRATADO DO CANTE: O “CANTE” ALENTEJANO Pelo padre António Marvão O padre António Marvão, Alentejano da Amareleja, desaparecido do mundo dos vivos em 1993, foi um enorme entusiasta do “Cante”, como o atestam várias obras publicadas, a última das quais, lançada em 25 de Junho de 1997, através da INATEL, em Beja.   Sem pretendermos gerar controvérsias, se calhar bem interessantes nesta matéria, transcrevemos alguns textos de sua autoria constantes aliás de uma intervenção na Academia de Ciências do Porto, há uns bons 40 anos: “... O Cante Alentejano é uma polifonia simples, a duas vozes paralelas, à terceira superior. Como polifonia, situamo-la na época em que esta tinha o principal lugar na música, toda ela vocal, a que se deu o nome de milénio vocal, uma polifonia sem instrumentos. O Cante Alentejano é composto de modas, nas quais sobressaem , em algumas delas, dois sistemas musicais, inteiramente distintos: o sistema modal, em uso durante toda a Idade Média, e o sis
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TRATADO DO CANTE:  em S. Brás do Regedouro “ Pode lá deixar de ser belo um entardecer de Outono, quando o tom ocre dos restolhos é já cinzento e o verde das azinheiras e silvados se dilui também nessa meia-tinta, nesse tom incerto que não sendo azul não é cinzento, por cima do qual o céu se mostra ainda em fogo, enquanto ao longe, do “monte” perdido entre os montados de azinho, vem uma voz que entoa uma canção dolente, o “cante” alentejano, hino que louva e chora o sol que morre...” ( Transcrito de um jornal militar da então portuguesa Guiné-Bissau) in: Boletim do Cante Alentejano nº. 0, de Agosto de 1997.
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TRATADO DO CANTE:   Grupo Coral da Casa do Povo de Amareleja, na Casa do Alentejo em Lisboa “HOJE... CANTO EU! Nas minhas andanças pelas terras do sul, desde muito novo apercebi-me que os meus vizinhos do Alentejo exteriorizavam as suas emoções de maneira diferente daquilo que me era dado ver no meu país algarvio: - A linguagem era muito igual, mas a maneira de cantar as alegrias e tristezas era bastante diferente: se calhar algum especialista mais avisado diria que uns e outros se completam e se calhar ainda se conseguirá uma relação antropológica (será?) entre o “Corridinho” e o “Cante”, não esquecendo as “Saias” que desde cedo ouvia aos sábados à porta do mercado de Olhão.   Muitos anos passaram, e eis que quase sem saber porquê me vejo integrado nesta problemática tão bela como intrigante, tão controversa como original, que se chama “Cante Alentejano”. Num mundo de curiosos e entendidos como é o nosso aqui à beira mar plantado, é muito fácil falar de tudo sem sa