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A mostrar mensagens de agosto 14, 2016

TRATADO DO CANTE - Almanaque:

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MINHA MÃE AMASSA O PÃO "(...) Minha mãe amassa e sonha Com as histórias que lê – É quando a vemos tristonha, Sentindo não sabe o quê. Minha mãe amassa e cala Alguma dor mais secreta – Fico parado a olhá-la, Até que o rosto se aquieta. Minha mãe amassa assim: Os punhos furando a massa – Junta medronho no fim, Que na farinha entrelaça. (...)" de António Simões

TRATADO DO CANTE - Almanaque:

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“TERRA-MÃE Lá dos campos, tristes campos, Dos campos do Alentejo, Vim ainda pequenino – E pequenino me vejo... Lá nos campos, tristes campos Da solitária planura, Nasceu a minha revolta, Nasceu a minha amargura. Lá dos campos, tristes campos, Vem a lembrança de tudo O que mais amo e desejo. Vem a fome, a sede e o sono Das terras do Alentejo!” Raul de Carvalho RAUL DE CARVALHO Alvito, Baixo Alentejo 1920/09/04 - 1984/09/03  Poeta português, natural de Alvito. Foi colaborador das revistas Távola Redonda e Árvore e Cadernos de Poesia, que, na década de 50, conglomeravam de forma irregular, mas activa, poetas de várias sensibilidades. A obra deste poeta, onde se encontram evocações da sua infância alentejana, revela a sua ligação ao neo-realismo. A fidelidade ao humano e o estilo enumerativo e anafórico são marcas da sua poesia.  Os seus títulos englobam As Sombras e as Vozes (1949)

TRATADO DO CANTE - Provas de Cante:

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TRATADO DO CANTE - Almanaque:

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MINHA MÃE AMASSA O PÃO "(...) Minha mãe amassa a seta, Que não sei quem disparou – Quando o pão depois leveda, Coze-se em pleno voo. Minha mãe amassa o cheiro A madeira, ferro e pó: Meu tio talhando, certeiro,*** O azinho co’a  enxó. Minha mãe amassa o verde Duma seara de trigo – Vais matar-me fome e  sede, Alentejo, eu te bendigo! *** Meu tio António Baptista Carvalho, abegão, pessoa jovial e espirituosa,  construtor de carros de tracção animal, em cuja oficina passei muitas horas da minha infância e juventude. Faleceu em finais de 1952. (...) de António Simões