Mensagens

A mostrar mensagens de março 15, 2020

09 099 004 TRATADO DO CANTE – Crónica: O círculo do baldão

Imagem
“Casével, Primavera de 1998  (A Nossa Homenagem a todos os que já partiram e a Maria Inácia que hoje, 20/3/2020, nos deixou). Depois de pastorear o olhar pela paradisíaca macieza multicolor da planura alentejana, sobrevoada de cegonhas a anunciar novo ciclo, eis-nos a refrescar a garganta na tasca da Mariana Maria na estação de Ourique, Casével, Castro Verde.  Foi fácil a nossa entrada, mas se calhar não serão tão fáceis os motivos que ali nos levaram por quem eramos e por quem somos. Envolvidos como estamos com a problemática do cante alentejano, apanhar o rastro à viola campaniça leva-nos a considerar a travessia feita por Colaço Guerreiro, presidente da cooperativa “Cortiçol”, homem de paixões fortes e de sentir eficiente, homem de amor à arte e de intervenção persistente, homem de princípios com vocação para concretizar. É bom estar com homens desta têmpera que já rareiam. No entanto, os nossos objectivos eram assistir ao ensaio do conjunto das “Modas Campaniç

09 008 TRATADO DO CANTE – Escrito:

Imagem
“ Cante alentejano A declaração do Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade foi aprovada pelo Comité Intergovernamental da UNESCO, em Paris, no passado dia 27 de Novembro. Logo após a feliz decisão, as vozes dos cantadores do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa fizeram-se ouvir nos espaços da nobre Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura na capital francesa. (…) … Quem já comeu numa qualquer aldeia do Alentejo e, a dada altura, os homens se levantam e unem num coral, único na museografia nacional e mundial, não pode deixar de ligar os sons e os sabores que ali persistem, como que a fazerem frente à mundialização cultural que nos invade. Sempre associei os aromas da gastronomia tradicional alentejana aos seus cantares. E isso resulta de uma vivência começada em criança, em finais dos anos 30, quando ia à taberna do Monginho buscar meio litro de vinagre e por lá me esquecia a ouvir os homens, à volta de uma gra