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A mostrar mensagens de dezembro 1, 2013
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TRATADO DO CANTE: ... É ASSIM, PORQUE É ASSIM MESMO! Do gosto pelos cantes alentejanos, que me vem da infância, nada indiciaria que eu, desse autoria a um livro ( Corais Alentejanos , ed. Margem, 1997) que aborda, de forma inventariada, os grupos corais existentes no Alentejo e na zona da grande Lisboa onde a comunidade Alentejana é, fortemente, representada. No Alentejo, ainda hoje, os cantadores são todos, mas quem canta de forma sentida, conhecedora e ordenada, são muito poucos, considerando o potencial existente. Dos fatores do desinteresse surtiu a dificuldade encontrada na passagem de tão significativa mensagem que é o cante, para as gerações seguintes, que não estando conciliados com as realidades que as modas abordam, também não se motivaram para o estilo que as modas comportam. Na zona da grande Lisboa, os fatores que levam, ainda, a que existam grupos corais alentejanos, prende-se, como não poderia deixar de ser: pelo gosto de cantar e pela ligação que tem c
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TRATADO DO CANTE   1995 (CD): Cante de Natal e Ano Novo (registo sonoro;   ed .: ImagemImenso, Lda. Grupos: Os Vindimadores da Vidigueira; Cubenses Amigos do   Cante; As Camponesas de Castro Verde; Alma Alentejana de Peroguarda; Os Ceifeiros de Cuba. Modas:    O Menino I; O Menino II; O Menino III; Os Bons    Anos I; Os Bons Anos II; Os Bons Anos III; Quais São os Três Cavalheiros I; Quais São os Três    Cavalheiros II; Boas Festas. Corais Polifónicos Alentejanos
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TRATADO DO CANTE - Cante de Despique e Baldão "A propósito de... MARIANA MARIA          Não sou do campo nem da serra          Eu sou dum lado qualquer          Não sei aquilo que sou          Não sou homem nem mulher Cantos de despique e baldão, sons telúricos, mistura de sonoridades de flamengo e árabe, o mistério do sul, a mística da terra quente, o homem em despique, o pegar do tema, o rimar cadenciado entremeado com o som cavo da viola campaniça: - Dir-se-ia um canto entre o satírico e o desafio entre machos, enfim, na noite quente e calma do sul vem-nos à memória histórias antigas de feiras e ganhões, de casamentos e batizados, de malteses e forasteiros, dos frutos secos, da aguardente de medronho, de serranias dividindo e aproximando Alentejo e Algarve, do barco subindo o Guadiana, o árabe europeizado cantando o seu destino num misto rude e poético, diria mesmo surpreendentemente angelical ... É nessas noites que nos sentimos mais sulistas e mais
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TRATADO DO CANTE "OS GRUPOS CORAIS ALENTEJANOS NA DITADURA SALAZARISTA Uma velha fotografia pendurada numa parede na Casa do Alentejo chamou-me a atenção. Já por ali tinha passado mas só naquele momento, não sei por que impulso, algo me fez parar. É que naquele numeroso grupo de cantadores alentejanos no Páteo Árabe daquela Casa Regional, estavam caras conhecidas e até familiares meus, todos desaparecidos com exceção de um jovem de calça clara, conhecido por "mascote" do grupo, ao centro: o meu amigo e conterrâneo José Santana. ISTO NO QUE TOCA A UM GRUPO. Posteriormente, consultando velha papelada em casa, que sabia existir, juntei os factos e verifiquei que se tratava dos grupos corais alentejanos de MÉRTOLA, VIDIGUEIRA, VILA VERDE DE FICALHO e da então ALDEIA NOVA DE SÃO BENTO, que vieram a Lisboa há setenta e tal anos participar num «SARAU ALEMTEJANO» (assim mesmo com esta grafia desusada rezava o programa) que a Casa do Alentejo promoveu e realizado
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TRATADO DO CANTE   - Testemunho   “Na minha opinião quando se diz que este ou aquele Grupo canta o genuíno, na minha opinião, como disse, o genuíno é todo o grupo que cria o seu estilo próprio. Recordo a experiência que tenho e é verdade: O Grupo Coral da SFRA da Amadora só quando fez as suas próprias modas é que arranjou o seu estilo, que se mantém ainda hoje, porque antes disso era muito confuso e normalmente cantava-se imitando este ou aquele grupo. Nos anos 50 havia na minha terra (Amareleja) havia três grupos Corais: Recordação I O primeiro era o dos «velhos» e era da Casa do Povo. Tinham uma média de 50 anos, mas chamavam-lhe o grupo dos velhos. Tinha como ensaiador o célebre Estêvão Olhicos, autor das melhores modas, que ainda hoje se cantam e recordo: - A Lavoura; O Jardim Florido; Viva Moura das vilas a Rainha, etc. Recordação II O segundo Grupo era denominado como o Grupo do Baltazar, composto por gente mais nova, tendo em média 30 anos. Este grupo cant
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  NO BOLETIM DO CANTE Nº. 2 - OUTUBRO DE 1997 “COMUNICAR ATRAVÉS DAS MODAS A relação médico - doente é fundamental para um bem estar físico, psíquico e emocional do doente. Em situações graves em que os doentes estão em perigo de vida, nomeadamente, nas Unidades de Cuidados Intensivos, onde existe um arsenal de equipamento médico que de alguma maneira torna um espaço mais mecanizado levando a situações de maior “stress” emocional, quer ao doente, quer ao médico. Esta situação é minorada quando a empatia médico - doente se torna uma realidade.   É a propósito de um caso de um doente internado numa Unidade de Cuidados Intensivos cuja relação entre o médico e o doente foi útil para um melhor bem estar físico, emocional e biológico deste. Trata-se do Sr. José Paixão de 80 anos de idade, natural da Salvada (Beja) que após viuvez, iniciou um quadro clínico sugestivo de doença oncológica (cancerosa). Para um melhor esclarecimento da sua doença e acompanhamento familiar,