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A mostrar mensagens de outubro 29, 2017

TRATADO DO CANTE - almanaque:

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“A chuva a cair em barros abrasados como os meus, faz bem. Dá sorte à terra e tira-nos um pouco de fadiga na mente. (…) Lembrem-se que, a sonhar, uma pessoa resiste à fome de liberdade, goza a sua vida, e a minha valentia é esta: não tremer quando cai uma pinga de chuva no meu chão de raiz. Nem de raios e coriscos. Uma aventura sem nomeada, embora, mas tão apaixonante e feliz, tal como uma criatura abrir os olhos na manhã e ficar a ver o Sol pendurado nas abas duma barragem nova. É tão belo!” (da nota introdutória) “(…) Após bebermos uns tintos de Colos, um néctar, cantámos modas da nossa terra: Ó minha pombinha branca Onde queres, amor, que eu vá? É de noite, faz escuro, Eu sozinho não vou lá! O Direitinho não cantava mal. Fechava os olhos como os fadistas, tinha uma voz de baixo, um tudo nada arrastante, mas de bom volume. O Vilhena berrava como um anojo com falta de leite, desafinando conjunto, mas já o Chico tinha trinados de rouxinol, de peito ovante,

TRATADO DO CANTE - Almanaque:

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É rica, tem nome fino Mote: É rica, tem nome fino É pobre, tem nome grosso É rica, teve um menino É pobre, pariu um moço. I Não sabes quem é aquela Quem além vem pé ante pé? É a menina Cadé, Vem da vivenda Quintela, E a outra que vem com ela É a Dália Tolentino, Andam ensaiando um hino A da Didi Serafim, E a seguir é sempre assim, É rica tem nome fino. II Não vês aquela sopeira? É a Antónia Bucherca, Vive à da Ana Macaca, À da Zefa Cadeireira, Foi lá que o António Lameira Lhe deitou a mão ao troço, Houve até um alvoroço, A Brites veio ao postigo, O mote diz como eu digo, É pobre tem nome grosso. III Aquelas pelos salões Trajando à última moda, Ouvindo da alta roda Desusados palavrões, Todas têm emoções, Todas vão ao seu destino, Um galã, um dançarino, E ei-las na maternidade E depois, com suavidade, É rica, teve um menino. IV As outras pelos passeios, Nas ruas e nos mercados, Têm com os