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A mostrar mensagens de maio 15, 2016

TRATADO DO CANTE - Escrito:

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“ALENTEJO -   QUÃO DESCONHECIDO É AINDA ESSE TRECHO MARAVILHOSO DO MUNDO... TERRAS DO SUL – CANTARES ALENTEJANOS: -   QUANDO HÁ ANOS REVELÁMOS, A EXTRAORDINÁRIA FONTE LÍRICA, NOTÁVEL SOB OS PONTOS DE VISTA MAIS EXIGENTES, QUE SÃO OS CANTOS ALENTEJANOS... MISTERIOSOS CANTOS! - (...) PODEMOS AFOUTADAMENTE DIZER, O ALENTEJANO, E SOBRETUDO O NATURAL DO BAIXO ALENTEJO, RARISSIMAMENTE DEIXA DE CANTAR.” IN ”O POETA DA AUSÊNCIA”  Revista Águia – Porto 1916/17 -  (Visconde de Vila Moura)

TRATADO DO CANTE - Escrito:

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“(…) P. S. ( Post Scriptum) Tu conheces avô, um coro alentejano?  Rostos marcados, queimados Braço no braço Cadência no passo Os olhos lançados longe Do espaço do horizonte E o coro baloiça firme Ritmado e a voz que se agita Que galga aflita a onda Redonda e o som que dobra Redobra ecoa retoma O compasso atordoa E enche o corpo dum grito Que nasce do fundo do tempo Da esperança do mundo… É este o mar destas paragens! Évora, Março de 1982” in: P. S. do poema “Carta com Post Scriptum”, de Artur Goulart do livro  No fio das palavras , pág. 76 a 78. Edição da Santa Casa da Misericórdia de Velas, S. Jorge. 2010.

TRATADO DO CANTE - Escrito:

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"A CANTIGA (...)  Par o povo a cantiga é uma expressão de alegria, de tristeza, de sofrimento, de entusiasmo e de glória. Não há movimento popular em que não entre a cantiga, ou precedendo ou acompanhando, ou seguindo. Ordinariamente precedendo por que tem bravura, generosidade e entusiasmo o canto é fortificador, é o livre respiradoiro das almas abafadas. Os que cantam consolam-se, parece que a música quando sai dos lábios tem o poder de arrastar, para se dissiparem no ar, todas as tristezas do peito. O povo sentiu isto quando inventou aquele adágio jovial: «quem canta seus males espanta». Nas lutas populares ela ouve-se primeiro do que o rufar dos tambores; e depois não há luto ou triunfo na vida dos povos que ela não tenha deplorado ou celebrado. Alguém disse já que a canção tinha morrido; ora a canção não pode morrer porque é um dos instintos do homem. (...) Ainda que morresse como género literário, nunca morreria como influência e expressão popular.

TRATADO DO CANTE - Figuras do Cante:

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MANUEL JOÃO MANSOS “ Então que é isto, Manuel João? Então agora prensam-te num disco, espalmam-te dentro desta capa? Já não chegava terem-te metido num livro fininho de menos de 80 páginas? Eu sei que não é isso, eu sei que não foi assim mas não é para ti que escrevo estas palavras. Elas são para quem te não conhece, ou para quem te conhece mal. Elas começam assim para puxarem outras, para me levarem a dizer que não senhor!, que nem tu cabes em livros e discos, que nem te meteram lá, nessas “moengas”. Tu não esperas. Tu comandas. Quando muito dão-te uma ideia e tu, Manuel João, avanças. Até a ideia ser vida e entregue aos outros. Como este disco. Este disco… Não me posso esquecer de bem salientar que é um LP. Para o Manuel João Mansos isto é muito importante. E sabem porquê? Claro que é (também) porque o Manuel João não quer dúvidas, não quer ser homem de pequenas coisas, mas é (sobretudo) porque assim estará mais tempo com os outros. Connosco, a dizer-nos os seus versos. E com