TRATADO DO CANTE - Escrito:
“(…)
P. S. ( Post Scriptum)
Tu conheces avô, um coro alentejano?
Rostos marcados,
queimados
Braço no braço
Cadência no
passo
Os olhos
lançados longe
Do espaço do
horizonte
E o coro baloiça
firme
Ritmado e a voz
que se agita
Que galga aflita
a onda
Redonda e o som
que dobra
Redobra ecoa
retoma
O compasso
atordoa
E enche o corpo
dum grito
Que nasce do
fundo do tempo
Da esperança do
mundo…
É este o mar
destas paragens!
Évora, Março de
1982”
in: P. S. do poema “Carta com Post Scriptum”, de Artur Goulart do livro No fio das palavras, pág. 76 a 78. Edição da Santa Casa da Misericórdia de Velas, S. Jorge. 2010.
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