TRATADO DO CANTE - À procura das origens do Cante



"CITAÇÕES DAS CARTAS DE CLENARDO (1493 ou 1494 – 1542)



As páginas do livro de M.G . Cerejeira referem-se à edição de 1974.



Verum ubi primum ingressus sum Eboram, putabam me venisse in civitatem aliquam Cacodæmonum; tot ubique occurrebant Æthiopes, quos ego sic detestor, ut vel soli queant me hinc depellere. (24)


Mal pus pé em Évora, julguei-me transportado a uma cidade do inferno: por toda a parte topava negros, raça por que eu tenho tal aversão, que só eles por si bastariam para me fazer abalar daqui. (Cerejeira, 258)




Si qua gens ignavo ocio dedita est, nisi sit Lusitanica, nulla est prorsus. Loquor de nobis hic potissimum, qui ultra Tagum incolimus et Africa propius olfacimus. (17).

Se há algum povo dado à preguiça, sem ser o português, então não sei eu onde ele exista. Falo sobretudo daqueles que habitam além do Tejo e que respiram de mais perto o ar de África. (Cerejeira, 251)"


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Feliciano de Mira
"Clenardo chegou a Portugal em 1533 para ser mestre do infante D. Henrique, irmão do rei D. João III e sem meias-palavras, relatou: “Mal pus os pés em Évora, julguei-me transportado a uma cidade do inferno, por toda a parte topava negros.” E quantos segredos estão por desvendar ? Entre outros, a situação dos escravos negros reprodutores no Paço Ducal de Vila Viçosa, a mais importante casa nobre portuguesa, assim como as influências dos cantos dos escravos na configuração do Cante Alentejano que a pouco e pouco estão a ser estudados e dados a conhecer."




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