TRATADO DO CANTE - Almanaque:

MINHA MÃE AMASSA O PÃO


"(...)
Minha mãe amassa a folha,
Lenta, na tarde de Outono –
Não há ninguém que escolha
Esse pão tonto de sono.

Minha mãe amassa a chama
Do Outono nos vinhedos –
E o pão-vinho se derrama,                                 
Escorre-nos loiro dos dedos.

Minha mãe amassa o vinho,
Em tardes de embriaguez –
E o pão depois, adivinho,
Sabe a copos de três.
(...)"

de António Simões.

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