TRATADO DO CANTE - Almanaque:
“Pode lá
deixar de ser belo um entardecer de Outono, quando o tom ocre dos restolhos é
já cinzento e o verde das azinheiras e silvados se dilui também nessa
meia-tinta, nesse tom incerto que não sendo azul não é cinzento, por cima do
qual o céu se mostra ainda em fogo, enquanto ao longe, do “monte” perdido entre
os montados de azinho, vem uma voz que entoa uma canção dolente, o “cante”
alentejano, hino que louva e chora o sol que morre...”
Transcrito de um jornal militar da então portuguesa Guiné-Bissau:
In: Boletim do Cante Alentejano, nº. 0.
Agosto de 1997.
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