TRATADO DO CANTE - Grupos Corais:
GRÂNDOLA – Grândola:
Grupo Coral e
Etnográfico "COOP" da Cooperativa de Consumo de Grândola
Largo Zeca Afonso
7570 Grândola
Ficha Técnica:
- Pode
dizer-se que o Grupo Coral "COOP" nasceu na tarde de, Sábado, 8 de
Maio de 1993, no Salão Social da Cooperativa de Consumo de Grândola. A
ideia da sua criação partiu de José Raimundo Salgado de Jesus que, depois de
conseguir o apoio da Direcção da referida Cooperativa, encetou diversos
contactos no sentido da constituição do Grupo.
- Ensaiam
às Sextas feiras, à noite.
- Realizam o
seu Encontro Anual de Grupos Corais, no 1º. Sábado a seguir a 8 de Maio.
- O
Grupo é composto por 20/25 elementos.
- Trajo: Reivindicando
as suas raízes alentejanas, o Grupo Coral "COOP" tem
como objectivo principal a preservação e divulgação desta cultura, não
abdicando da utilização de trajes tradicionais como os dos trabalhadores
rurais. Entre os actuais elementos, pontua ainda o vestuário tradicional,
atrevemo-nos mesmo, a dizer simbólico, utilizado ao longo dos tempos e até há
ainda não muito, pelo maioral, o pastor, o ganhão, ou o lavrador. A mulher
não é esquecida e lá estão uma mondadeira e uma ceifeira que não deixam esquecer
as agruras do trabalho ao sol escaldante do Alentejo.
Homens:
Domingueiro: Jaqueta e colete de astracã preta; cinta de algodão preta;
calça preta à boca de sino; camisa branca; lenço branco, bordado com o
nome do cantador; chapéu preto.
Ceifeiro: Camisola de riscado, aos quadradinhos, azul e branco; colete de
cor; calça de cotim "militar"; lenço branco rameado e bordado
com o nome do cantador; chapéu preto; algibeira separada atada à cintura;
foice e canudos de cana para os dedos das mãos, como adereços.
Pastor: Camisola de trabalho, de várias cores; calça de
cotim "militar; jaqueta de saragoça; pelico; safões de
pele; chapéu preto; cajado; corna.
Varejador: Camisola de riscado, aos quadradinhos, azul e branco; colete de
cor; calça de cotim "militar"; lenço branco rameado e bordado
com o nome do cantador; chapéu preto; vara de varejar.
Tirador
cortiça: Camisola de riscado, aos
quadradinhos, azul e branco; colete de cor; calça de cotim
"militar"; lenço branco rameado e bordado com o nome do canta
dor; chapéu preto; machado corticeiro.
Ganhão: Camisola de riscado, aos quadradinhos, azul e branco; colete de
cor; calça de cotim "militar"; lenço branco rameado e bordado
com o nome do cantador; chapéu preto; foeiro e manta.
Mulheres:
Ceifeira: Camisa de cores, saia comprida, apanhada entre pernas; lenço
colorido, apanhado de rebuço; chapéu preto; meia de linha, de cor; bota de
cabedal de cano, com atacadores; mangueiras; punhos; avental,
em regaço; alcofa para o farnel.
Mondadeira: Camisa de cores, saia comprida, apanhada entre pernas; lenço
colorido, apanhado de rebuço; chapéu preto; meia de linha, de cor; bota de
cabedal de cano, com atacadores; mangueiras; punhos; avental,
em regaço; sacho.
- Histórico: Têm
uma média de 25 a 30 actuações por ano, com desempenhos de Norte a Sul do País.
Os mais significativos têm expressão nos Encontros, desfiles e festas, no
Alentejo e na zona da grande Lisboa. Actuaram para a televisão:
· Programa Lusitânia
Expresso, no Canal 1 da RTP;
· Programa Apanhados,
na SIC;
· Programa Portugal
Português, na TVI - 2 actuações.
Actuaram na
Casa do Alentejo, nas Tardes culturais.
Desfilaram na
Av. da Liberdade, até ao Parque Eduardo VII.
Actuaram em
Valença do Minho e Alcanena.
- Registos
Fonográficos:
1997 (K7): GRUPO CORAL
COOP GRÂNDOLA (registo sonoro). Edição: Iberdisco - Sacavém
Cota: FF
CA K7-0011
2004 (K7) Edição: Canto
Lindo, Almada.
2004 (CD) Edição: Canto
Lindo, Almada.
- Repertório: Fazem
parte do seu reportório as seguintes "modas": Grândola já tem; Meu lindo Alentejo; Setúbal,
tu és Distrito; Meu querido Alentejo; É tão grande o Alentejo; Alentejo és
um encanto; Morena de raça; Borboleta mensageira; Lindo ramo, verde escuro;
Jovem pastorinha; O Alentejo, dá pão; Lembra-me os tempos passados; Meu
lírio roxo; Ao romper da bela aurora; Os trabalhadores passam a
cantar; Olha o passarinho; Meu concelho é Grândola.
In: “Corais
Alentejanos” (em actualização). De JFP. Edições Margem. 1997. Pág.s 259/262.
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