TRATADO DO CANTE – Escrito:
“O
CANTE ALENTEJANO
Símbolo
maior da cultura de um povo transmite-nos a dolência do seu
carácter, a humanidade da sua postura, a harmonia e sinceridade da
sua vivência.
Mostra-nos
haver a verdadeira fronteira do Alentejo que é nosso.
Cuba,
Serpa, Aljustrel talvez sejam os pólos máximos do cantar
alentejano.
(…)
Recordo
com saudade tempos do antigamente, em que os cantares entoavam no
coraçã0 e pulmão da nossa cidade (Beja).
Nas
portas de Mértola, na rua do Cativo e jardim do Bacalhau, durante as
noites quentes e abrasadoras do Verão os cantores saiam à rua.
E
havia uma senhora que estava à janela de sua casa, todos a saudavam
e reviam num sorriso simpático e comunicativo todo o amor que sentia
pelo povo da nossa cidade.
Essa
senhora, a D. Judite, era a minha mãe.
(…)
Mãe,
lembrei-me de ti por causa dos cantares alentejanos e especialmente
do Grupo Coral da Capricho que para ti tantas vezes foi cantar.
(...)”.
in:
“Diário do Alentejo” 24.10.2008
Fonte:
Fonte:
“Torre de (Ho)menagem – crónicas de um homem do Alentejo”. De
João Covas Lima. Edição de Mercado das Letras Editores. Capa de
Ricardo Andrade. Paginação de Francisco Rodrigues. 1ª. Edição de
Fevereiro de 2010. Pág. 17.
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