01 99 01 TRATADO DO CANTE – Crónicas “AMAGA-TE”
2020
01 22 – Monsaraz (Lugar onde voltamos sempre).
Neste
dia estava muito frio, de cortar, mas mesmo assim não criou forma de
nos despropositar na nossa missão de ir a Monsaraz, onde já
estivemos por várias vezes, quer em visita quer em modos de cante:
em concertos de Natal e no Museu Aberto.
Recordámos
aquela grande figura do Cante, Joaquim Cardoso, que nos marcou
profundamente e que nos deixou faz anos, por estes dias.
Deu
ainda para dar uma olhadela aos painéis exposto ao longo das ruas de Monsaraz, com pinturas a óleo sobre
tela, de Flávio Horta, que nos deram outra perspetiva do Cante.
Mérito que lhe damos de bom grado, tal a nossa satisfação.
Nós
que nos movimentamos nestas coisas de “Ser do Cante”, “por dá
cá aquela palha” visitámos os amigos que sempre nos acolheram com
amizade. Fomos ao “Lumumba” almoçar um ensopado de borrego, que
estava como nos habituaram e com o sabor de infância que arrastamos
por todo o sempre.
Enquanto
almoçávamos, numa mesa ao fundo da sala, ouvíamos as conversas de
outros compinchas, ao balcão, sobre este tempo de dias bem frios,
alvitrando-se mesmo que ia cair neve. Na sua maneira de ser que lhe
reconhecemos ouvimos o Rui, sempre a mexer e a servir às mesas e ao
balcão, dizer para um dos presentes: AMAGA-TE! ([Regionalismo]
Descansar, deitando-se. "amaga",
in: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020,
https://dicionario.priberam.org/amaga
)
Gostámos
de ouvir!
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