01 012 004 TRATADO DO CANTE – A Paixão do Cante

Almanaque - Ser Alentejano:

(…) O primeiro Portugal foi o Portugal continental, o da defesa contra a Espanha, ou melhor, contra Castela, (…) o Portugal lírico e guerreiro das cantigas de amigo e das velhas trovas do cancioneiro popular; nele estiveram as raízes mais profundas da nacionalidade (…).

(…) Terminada a fase de expansão, outro Portugal entrou em jogo e muito mais adaptado à sua tarefa do que o Portugal do Norte (…): é esta a vez do alentejano, andarilho de estepa, algarvio, barqueiro de porto a porto, ambos já, por súbditos mouriscos, colonos e crioulos. Também, por símbolo, Raposo Tavares nasce no Alentejo, e vão das Ilhas, com raízes alentejanas e algarvias, os casais do Sul do Brasil. (…)”



In: “Um Fernando Pessoa”, de Agostinho da Silva, Guimarães Editora, 1ª. Ed. Em 1959, escrita no Brasil. Lisboa, 1988, pp 29-30.



Agostinho da Silva
George Agostinho Baptista da Silva foi um filósofo, poeta, ensaísta, professor, filólogo e pedagogo português. O seu pensamento combina elementos de panteísmo, milenarismo e ética da renúncia, afirmando a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano. Wikipédia
Nascimento: 13 de fevereiro de 1906, Porto
Falecimento: 3 de abril de 1994,Lisboa
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As Mulatinhas
(…)
Estando eu à porta assentado,/ Gozando do fresco, sem ser namorado,/ Passam duas mulatinhas,/ Cabelo à janota todas catitinhas.
(…)
Peguei no capote, e fui atrás delas,/ Fazendo meiguices, chamando por elas/ Ora venha cá, que eu não vou lá!/ Já fui à Baia, meu bem, ao Pará.
(…)” (“Cancioneiro de Serpa” de Maria Rita Ortigão Pinto Cortez. Edição da Câmara Municipal de Serpa. 1994. Pág. 187).


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