TRATADO DO CANTE – Outros Cantes e Descantes:
12 01 CANTE AO BALDÃO – uma prática de desafio no Alentejo, de Maria José Barriga.
Do Preâmbulo:
“A presente monografia constitui um estudo etnomusicológico do cante ao baldão, um género poético-musical oral que floresce no Baixo-Alentejo, nos concelhos de Castro Verde, Ourique e Odemira. Trata-se da expressão local de um género que se encontra em outras regiões do mundo, o desafio.
(...)”
De: “A Etnografia no cante do baldão:
I. Caracterização e significado
O cante ao baldão é uma prática oral caracterizada por uma fala poética, criada no momento e apresentada de forma cantada, utilizando como suporte musical a melodia de uma moda campaniça.
(…)
“No princípio o cante não é bom, só quando começa a aquecer com o despicar uns aos outros, é que o cante adquire um rumo e se torna um bom cante”.” (António José Bernardo, 12/7/96)
De: “Anexo II Trancrição de dois eventos de cante ao baldão
2.1 Cante ao baldão na Romaria da Senhora da Cola (8/9/96) – 17 horas
(...)
11ª cantiga: Raul Gomes
Vamos com o baldão p’a frente
Qu’é um cante tão bonito (bis)
O Gomes não se vai abaixo
Tem cá gente lá do sítio (bis)
Ataque lá devagarinho
Não vá você tão de repente
Qu’é um cante tão bonito
Vamos com o baldão p’a frente
In: “Cante ao Baldão – uma prática de desafio no Alentejo”, de Maria José Barriga. Coordenação de José Luís Jones. Produção de ImagemImenso, Lda. Edição de Edições Colibri. Julho de 2003.
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